Normalmente leio sobre o que vai acontecendo em Portugal. Mas ultimamente tenho ouvido tambem, especialmente sobre os “ins and outs” da campanha eleitoral – isto porque a RFM esta em quase constante streaming no laboratorio e porque a lei da radio garante “direito de antena”…
“Aos partidos políticos, às organizações sindicais, profissionais e representativas das actividades económicas, bem como às associações de defesa do ambiente e do consumidor, e, ainda, às organizações não governamentais que promovam a igualdade de oportunidades e a não discriminação é garantido o direito a tempo de antena no serviço público de rádio.”
Mas que…
“O exercício do direito de antena não pode ocorrer aos sábados, domingos e feriados oficiais…”
Provavelmente os meus colegas gostariam mais que o exercicio do direito de antena so pudesse ocorrer aos sabados e domingos ("and why are there so many holidays in your country?") para nao apanharem a seca que e ouvir uma lingua estranha pontilhada de cantigas que nao tem nada a ver com o resto da seleccao musical da RFM a que eles ja estao habituados – a cancao da Adriana Calcanhoto e uma das preferidas “such a happy song…”.
E sobre cantigas e campanha eleitoral lembrei-me do que ouvi recentemente no NPR (National Public Radio, a melhor e mais diversificada fonte de informacao sobre politica nacional e internacional, educacao, arte e entertenimento dos Estados Unidos) sobre as eleicoes no Haiti. Dizia a reporter “In a country where more than 50 percent of the people are illiterate, election jingles are one of the most powerful campaign tools. Each party has a symbol and a ballot number, and they figure prominently in the songs.” Apesar das percentagens de iliteracia em Portugal nao atingirem tais numeros, dada a oca informacao que vou ouvindo nos direitos de antena da RFM e a proporcao dos Portugueses "indecisos", se calhar nao era pior passar as propostas dos candidatos sob a forma de jingle…claro que tinha de ser nos ritmos contagiantes e reboladores-de-ancas das Caraibas….