Amores aos pares

Tem-se sempre qualquer coisa a dizer sobre amores falhados e as historias de quem neles participou. Era o tal que so se apercebeu tarde de mais que realmente a amava; era a que tinha tudo tao bem delineado, tao bem desenhado num papel com sois brilhantes e coracoezinhos sorridentes que quando a coisa deu para o torto, ate parecia uma brincadeira de mau gosto; ou os que estavam na mesma onda e deixaram de estar, nao se sabe porque. Toda a gente gosta de sentenciar (ate ja ouvi em letras de musicas) que "we take each other for granted" e eu digo "merda de boi" que farta de cliches ando eu. Parte de se amar incondicionalmente e tambem "take each other for granted". Mas obviamente que esta opiniao e...uma opiniao.

E a proposito de amores, tambem os ha que se perdem por razoes que ultrapassam as dificuldades de perceber o outro, a cultura do outro, as expectativas do outro. Alguem que conheci quando estudava no Upstate NY e que se casou com o amor da vida dela - bastante mais velho mas com aquela inteligencia sexy que se nota instantaneamente e que nao pode ser substituida por uns abdominais de ferro ou um olhar de matador - perdeu-o no dia a seguir ao Natal. O Chuck foi o orientador que eu nao sentia na outra. Excelente cozinhador de pato no forno com arroz selvagem. Gostava da minha tarte de morangos e do pudim de leite condensado. E eu gostava de ambos, tao apaixonados, tao seguros do amor mutuo onde so faltavam os bebes que ainda vieram a tempo de serem amados por um pai que nunca vao conhecer.

Porcaria de vida esta.