Wednesday, May 16, 2007

The morning after

De repente, sim, de repente dei-me conta que os anos estao a passar, contei-os e assustei-me. Acordei hoje a pensar nisso. Nao os vejo nos pes de galinha nem no sem numero de sinais fisicos de decadencia - um amigo diria “degenerescencia” mas acho mal usar essa expressao que me soa demasiado seria para descrever o estado geral de um corpo atarrachado a um cerebro intacto. Saltei da cama e pensei, dormi demais hoje, estas coisas de introspeccao atacam-me sempre que durmo bem, uma especie de traicao cortical, um paradoxo irritante que so uns neuronios de maus figados conseguiriam congeminar com a unica e exclusiva intensao de me deixar de mau humor para o resto do dia. Nao fosse ter um dia cheio de outras coisas para ocupar os circuitos…e ainda agora estaria deprimida. De momento acho tudo isto muito engracado e volto ao estado normal de espectadora das minhas parvoices matinais. Vem-me a memoria um filme tonto que vi uma vez com o Ben Affleck…e apetece-me ter uma maquina que assassine especificamente os neuronios responsaveis pelos assaltos a minha tranquilidade.
Hoje vou para a cama cedo e pretendo acordar cedo tambem. No Ipod ja esta engatada a musica dos Skank sobre a impossibilidade de encontrar estrelas do mar no mato…quase tao impossivel como esquecer alguem de quem se gosta. E de quem temos muitas saudades.

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