Thursday, March 13, 2008

tutti frutti

Desta vez e a serio – “tou sem tempo” para desfiar o rosario do que acontece por aqui, o que ouco por aqui, o que sinto por aqui. O que sobra do resto que me sustenta, passo-o em miudezas que me sabem tao bem. Horas reclamadas a TV, ao shoebox, ao trabalho de casa, aos conhecidos que nao sabem o meu middle name.

O Cesar e um querido – hoje ofereceu-nos um refill dos kir royal, obrigou-nos a experimentar, pela milesima vez, a cachaca brasileira “leblon” que eu abomino e escreveu “Mamitas Portuguesa” no talao do cartao de credito da Julia. A Julia e metade coreana, metade alema. E e obvio que nao fala Portugues. Precisei de fazer um double-take ao recibo para perceber que era uma simpatia, uma especie de reconhecimento ao meu patrocinio do estabelecimento, um piropo va. Afinal, verdade seja dita, foi la que passamos, tinha o restaurante aberto ha meia duzia de dias, a unica noite de fim de ano que os meus pais alguma vez viveram fora de Portugal.

Cada vez sonho mais…o preco que tenho de pagar por conseguir dormir decentemente (Allah seja louvado). Sonhos mirabolantes, metem humanos conhecidos e desconhecidos, a Ngozi, Audis TT, despistes, Seal, celulas que nunca chegam ao destino, seccoes que se misturam, berraria, homicidios, campos de erva que dao pela cintura, cataratas do Niagara. Se os sonhos sao o resultado de uma especie de limpeza das ruas feita nas madrugadas, quando os cidadaos estao a dormir na paz do lar, a minha cidade-cerebro tem as ruas e os passeios cheios de lixo…porcaria, raramente algo vintage, que vale a pena lembrar, relembrar, contar, escrever sobre.

Labels:

0 Comments:

Post a Comment

<< Home