Sunday, February 21, 2010

A proposito de um texto anterior



Missao cumprida, com problemas de internet pelo meio e ainda com hora e meia para "gastar".

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Monday, December 21, 2009

Poinsettia

A hora a aproximar-se e eu ainda nao estou preparada. Parece-me que estou a viver num daqueles sonhos a que o lariam da cores gritantes e contrastes mais marcados em que a aflicao de um atraso, de um encontro desagradavel, de um esquecimento grave torna o acordar pouco recomendavel. E o mau tempo a prometer mais atrasos, mais cansaco, menos tempo para o que e bom e sabe bem: o dolce far niente da epoca das festas. Este ano sera assim. Zero movimento para alem do inevitavel. Chego ja.


Ha poinsettia no jardim!

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Monday, August 03, 2009

Um mes e picos...


...nao e o meu record de silencio no alinhamento.
Mas o time-out das ferias para so olhar e nao escrever soube-me muito bem.

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Wednesday, June 17, 2009

Up-date, down-date, update

Ha um ano sofria de insonia cronica - tudo o que dure mais de uma semana e cronico, incluindo o amor. Doze meses depois as minhas noites sao bem dormidas (desconfio que e por causa desta primavera que vai fresca) mas muito sonhadas. Trabalho menos e melhor Allahu Akbar! Mas tenho uma saudade enorme de Portugal. Gigantesca. Ha drogas que tratem disto?

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Thursday, June 11, 2009

Querido diario

Ontem foi o 10 de junho, dia de Portugal, de Camoes e das Comunidades Portuguesas. Formalmente nao comemorei o dia - infelizmente felizmente nao trabalho em escritorios-tentaculo do governo Portugues onde se celebram alegremente todos os feriados portugueses e todos os feriados americanos (mesmo aqueles que geralmente so sao dados a empregados do estado). Nao fui beber um copo a Casa do Benfica em Sao Jose (onde, a bem dizer, nunca entrei). Mas ao almoco falei do Durao Barroso e do celebre encontro entre os grandes nos Acores, dos Kennedy e dos estimulos a emigracao de acoreanos atravez do Azorean Refugee Act, do plano Marshall e de como Portugal esteve mais atento a eleicao do Presidente Obama do que a qualquer eleicao nacional ou europeia. E esse fenomeno nada teve a ver com Caes d’agua candidatos a "primeiro cao". Fiz o meu papel, falei sobre um micrograma da tonelada de historia que une os nossos dois paises.

A caminho de casa confirmei que as dunas (ainda) sao como divas e que o problema de expressao continua a ser uma coisa muito complicada. A noite vi um filme Coreano sobre a vida de um monge budista. Deitei-me a meditar nas pedras-pesos que carregamos e que nos tolhem os movimentos e as vontades. Lust awakens the desire to possess.

Esta tudo em paz. 평화

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Tuesday, January 20, 2009

G N R

O "Dunas" dos GNR (sorriso)...isso mesmo. Via Latina, nem vou contar os anos (outro sorriso).
Tocou na passagem do ano que teimaste em nao passar comigo.

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Monday, February 18, 2008

Five thousand something miles

"Não deve ser coincidência.. só tenho este teu mail no meu computador.

É assim que me sinto, sabes? Desalinhado, de olhos fechados, à espera de apanhar porrada.

Olho para trás e não consigo descrever o que fiz nos últimos dez anos, espalhei o meu tempo não sei por onde, não sei por quem, não me sinto bem, não me cumpro.

E isto não tem nada a ver com este desaire recente... Talvez apenas tenha voltado a chamar a atenção para este estado latente...

Pergunto-me porque é que quis falar disto contigo..

Não ligues... já sabes que sou assim.

RAV"

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Thursday, January 03, 2008

Feliz Ano Novo

E Portugal esteve optimo, ceu azul, sol, compras, caras conhecidas e caretas e carantonhas, risos, caipirinha de blackcurrant vodka que substituiu o apple martini que nao se faz, pes frios, Lisboa, powerpoint, foto do Jose Maria Pimentel, moliceiros, homeopatia, esclerose lateral amiotrofica na primeira pessoa, orquideas para a vovo, almendrados, desculpas, casa do alentejo, aeroporto.

A vida ja segue deste lado, corridinha, sem resolucoes absolutamente nenhumas.

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Tuesday, November 27, 2007

A menina da radio

Quando mudei para a shoebox deixei de ver televisao. Recebo agora as noticias de tragedias na California (incendios e afins) pelo gang la de casa que comeca essas conversas com um “a California esta a arder” como se a California toda coubesse no meu quintal. O resto das noticias desta terreola e do resto do mundo vou sabendo pelos colegas, pela cnn, pelo BBC world news, pelos podcasts da NPR e pelos jornais online portugueses que ainda se deixam ler de graca e sem necessidade de bisbilhotar os nossos dados pessoais com a desculpa do registo. E ha a Radio Comercial Portuguesa de San Jose. Mas esta dedica-se a tocar musica de gosto duvidoso, anunciar obitos, jantares dancantes e ofertas de senhoras que tomam conta de criancas e de idosos (ao mesmo tempo?). E depois ha o terco, em diferido da radio Renascenca e a publicidade a casa Furtado, ao Sousa’s e a meia duzia de outros negocios geridos por Portugueses que falam Ingles com sotaque de Sao Miguel. A voz e alma da KSQQ e a Helia Severino. A Helia tem uma voz bonita, um nadinha "stiff" mas a diccao e correcta...so lhe acho piada aos "do'leres". Tem tambem uma cara simpatica, franca. Deve ser boa pessoa. Espero que goste do que faz...qualquer dia mando para la um anuncio, afinal pertenco a comunidade. Uma coisa engracada, que a faca rir, que lhe sacuda o peito em gargalhadas abafadas...pedirei que seja lido entre a necrologia e o terco. So para desanuviar.

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Monday, July 23, 2007

Ruminacoes

Fico sempre doente quando venho de Portugal…fisicamente doente, claro. Nao que nao pudesse vir de la emocionalmente doente, por acaso ate podia. Mas escolhi deixar por la a doenca. Ou, melhor, aprendi a tratar-me dela com mezinhas faliveis como repetir ad infinitum a pet phrase da minha amiga M "what are you gonna do?". A resposta, "nothing" eleva-se a decima potencia para nos convencermos que e justamente essa a unica resposta possivel, com ou sem regrets (normalmente e "com" mas "what are you ganna do?", full circle, full stop). Estou constipada, ranhosa, tossiquenta e de mau humor (como convem as pessoas de maus figados) mas apetece-me escrever. Porque sim.

O dono do estacao central, o blog de mais um ex-pat, dizia que em Portugal, a praia e o local que mais revela o estado da nacao. Nao concordo nem discordo. Nas praias da minha terra estava tanto vento tanto vento que as duas manhazitas que la passei nao deram para me aventurar no areal e assim, ter oportunidade de auscultar as opinioes ou a educacao (ou falta dela) dos pais e filhos da nossa nacao. Por detras do guarda-vento la acabei o "Freddy and Fredericka" e so ouvia sound bites dos meus conterraneos (miudos e graudos). Mas a verdade e que esse exercicio (o de prestar atencao ao que as pessoas dizem) nao e imprescindivel para perceber o que ha muito sinto – basta olhar para as caras dos portugueses para saber que estamos cada vez mais tristes, mais cansados, mais cinzentos, mais preocupados com as aparencias, em suma, mais infelizes. Raio de pais este. Isto nao e de agora, H sabes que eu ja ha muito que dizia isto quando de la voltava.

Da vontade de poder fazer aquelas experiencias de transplantes homo e heterocronicos, homo e heterotopicos (tipicos?) – eu sei que isto e uma maluquice minha que ando sempre a usar o lingo cientifico nas minhas ruminacoes (momentaneas) sobre felicidade. E nem faco a mais pequena ideia se estas palavras existem em Portugues. Nao se pode estereotipar o outcome de um transplante portugues para outro pais/sociedade/grupo qualquer, se o que prevalece e a natureza (e entao ai, somos tristes e cinzentos no-matter-what) ou a influencia do ambiente sobre o individuo. Como sempre deve haver exemplos para tudo…falando de mim, e nadinha biased, sou um hibrido. Mas o que verdadeiramente se ganha ao sair do rectangulo nao tem nada a ver com educacao, fashion sense, ou uma visao "smart ass" do que esta mal. Ganha-se uma algo mais profundo, mais sincero – essa coisa démodé chamada tolerancia…

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