Wednesday, January 24, 2007

Depeche mode *

Ainda a ajustar-me ao estado "eye candy" do Dave Gahan, tive de chegar a orelha direita aos altifalantes da TV para perceber se ele cantava “I just can’t get enough” ou “I just can’t get it up”. A semi decisao chegou depois de varios rewinds (as maravilhas do dish-network): ou eu estou a ficar maluca ou ele dizia as duas coisas alternadamente.

When I'm with you baby
I go out of my head
And I just can't get enough
And I just can't get enough
All the things you do to me
And everything you said
I just can't get enough
I just can't get enough

We slip and slide as we fall in love
And I just can't seem to get enough of

We walk together
We're walking down the street
And I just can't get enough
And I just can't get enough
Every time I think of you
I know we have to meet
And I just can't get enough
I just can't get enough

It's getting hotter
It's a burning love
And I just can't seem to get enough of

And when it rains
You're shining down for me
And I just can't get enough
And I just can't get enough
Just like a rainbow
You know you set me free
And I just can't get enough
And I just can't get enough

You're like an angel
And you give me your love
And I just can't seem to get enough of


* or one of those bands I love to hate.

Tuesday, January 23, 2007

State of the Union Address

"And tonight, I have a high privilege and distinct honor of my own -- as the first President to begin the State of the Union message with these words: Madam Speaker"

Finalmente, aleluia! Deitem foguetes antes que lhe saiam da boca as estupidezes habituais.

Agora so falta mesmo saber se a America esta pronta para o proximo choque: um presidente negro ou uma presidente.

Nas ultimas eleicoes presidenciais em que a Europa e os americanos com um cerebro funcional subestimaram o poder do dinheiro velho e dos "born again christians", descobri a Teresa. A Teresa Heinz Kerry, podre de rica, nascida em Mocambique, educada na suica, que fala alto e bom som o que lhe vai pela cabeca e exige que pronunciem o seu nome correctamente. "She's too loud, too opinionated" dizia a minha unica colega de trabalho republicana (a tal que se esquece que se o Presidente "dela" se lembrar de mudar uma pequena lei, ela fica sem emprego, ponto final). Ja nao me lembro quem foi que disse na NPR que se o John Kerry ganhasse a eleicao, os americanos ganhariam um bonus adicional: pela primeira vez na historia da America teriam uma primeira dama capaz de falar 4 linguas. Seria sem duvida um avanco.

Wednesday, January 17, 2007

Geeky humour




Do catalogo da Calbiochem.

Saturday, January 13, 2007

Yeiiiiii

Let's go!!!

Friday, January 12, 2007

Proof of concept

E engracado que depois de 2 dias em brain storming mode, a unica coisa que se me colou ao cerebro e o politicamente correcto “POC” (Product Of Conception) em vez de “fetus”. E isto daria um post enorme sobre a o aborto, a America, George Bush, venture capitals, biotecnologia, etc e tal…mas nao me apetece agora. Talvez mais tarde.

Thursday, January 11, 2007

Em piloto automatico.

Palavra que as vezes nao faco ideia como chego a casa. Num momento estou a entrar para o carro no parque de estacionamento da empresa, carregada com papeis (ando sempre com papeis e dossiers para tras e para a frente – a minha mae e igualzinha), carteira, casaco, maca meio-roida numa mao, chaves na outra, e no “segundo” seguinte estou a virar para a minha rua, mao direita as apalpadelas, a procurar o comando da porta da garagem. A porta abre, a cadela sai disparada, travo para nao a atropelar, aninho o foscas no seu espacito estreito e respiro fundo, aliviada e a pensar “what the f*** just happened?”. Mais um dia em que a parte do meu sistema nervoso que “controla” os comportamentos normais, banais, de piloto-automatico, nao me deixa ficar mal. Durante os 15-20 minutos do casa-trabalho vagueio por rostos, e-mails, conversas, trabalho, dou-me conselhos, faco promessas, emociono-me ou “danco” ao som das musicas que o leitor de CDs vai debitando, examino os meus vizinhos nos semaforos, dou uma olhadela no espelho, componho o ar e normalmente dou sempre por falta de qualquer coisa (brincos, baton, olhos sem olheiras). Deve acontecer o mesmo a toda a gente. O S. diz que resolve sempre problemas importantes na autoestrada…mas ele e um gajo muito serio que nao perde tempo a pensar em mariquices.

Sunday, January 07, 2007

It's about life - 3

Vim do café sem saber se me percebo ou se tudo isto nao passou de um exercicio de "comparar apontamentos, tirar bocados de conclusoes, formular o medicamento e acabar a fantasiar que eu-sei-que-nao-e-assim-que-funciona-mas-as-vezes-apetecia-me-mesmo-que-one-size-would-really-really-fit-all". Se o que se vai dizendo faz sentido ou nao passa de um discurso regurgitado que ja teve uma versao diferente. Mas os meus “5 cents” sairam como eu queria, sem grande espalhafato, um que de distancia saudavel; o melhor mesmo foi a boa dose de realismo que recebeu aplausos. “When you know that there’s no other way, that’s the way”. Humm, nao serve para mim mas talvez funcione para outros... mas o que faz mais sentido e aceitarmos as situacoes em que, “there’s only one way… and then you free yourself, if only for that moment”. Nao por falta de opcoes, mas porque tem de ser, porque so assim somos felizes. Porque ha alturas em que se manda tudo para o caracas e se redescobre que viver on-the-other-side-of-averageness tem os seus encantos.

Daqui a vinte anos, com sorte, olhamos para tras e dizemos, wow, imagina so a borrada que nao teria sido se eu tivesse ido por ali. Isto e o "Best case scenario". O que me lixa mesmo e que por muito que de voltas ao texto, nao preparo nunca o "worst case scenario". Muitos dirao, aproveita que es sortuda. O pior e que penso assim mas nao me posso dar ao luxo de viver realmente assim. Porque ha, na antecipacao dos cenarios maus um pedacinho de controlo que me agrada muito.

***

Mudando de assunto, estas coisas dos blogs tem o seu encanto – este meu, que de alinhado tem pouco, serve-me assim como uma especie de cabide onde penduro o casaco quando chego do trabalho. Um simples cabide da Ikea (desenhado por escandinavos louros que usam oculos sofisticados) sem arestas, com uma curva suave, nada agressiva, onde a tirinha-que-fica-junto-a-etiqueta dos casacos estilo business-as-usual entra mesmo a justa. Tenho outros casacos sem tirinha…esses ficavam esquecidos na day bed, e sentiam-se bem assim. Esses sao os meus preferidos. Ao ler-me reparo que esses “coios” que me aquecem, macios, de la e cachemira, os que so uso em casa e que vao comigo para a cama, para lermos livros juntos, comecam a vir dependurar-se no cabide. Nao estava no programa mas tambem nao vale a pena resistir…como diria alguem que nunca me desenhou o contorno dos olhos com as pontas dos dedos, “tudo pulsa a um ritmo próprio” e eu, ate ver, sinto-me bem neste ritmo mais suave, que vem mais de dentro.

E ja agora, feliz aniversario.

Munique aqui tao perto

Nao sei bem explicar mas de vez em quando parece-me que alguma coisa se acalma ca por dentro…paro e penso que se calhar vou acordar, e que, com sorte (ou azar – ha sempre os dois lados da questao), tudo isto nao passou de um sonho com pontas de pesadelo.
Sabes que ha muito que nao te escrevo. Da ultima vez pari uma carta longa, palavrosa, cheia de raiva, culpa, alguma sensatez arrancada a alicates e lagrimas misturadas com saudades desse teu jeito que tudo resolve, tudo acalma. Nunca ta enviei, a tal carta das mil cores. Depois tu disseste que eu era parva e que prometesse que nunca mais te usava como “cobertor-electrico-desligado-da-corrente”. Eu prometi. E estou a cumprir. Gostava que estivesses aqui agora, que me dissesses todas aquelas coisas que preciso de ouvir de ti, de tempos a tempos. Gostava de te mostrar o meu mar, o meu cantinho; queria que fossemos so as duas na tal viagem a BC. Levavamos os teus CDs romanticos, eu contrariava com Michael Franti e imitava-lhe a poesia do rap so para te assegurar que ha vida colorida para alem do desamor. E que o que eu quero mesmo e seguir-lhe o conselho e “take a mental trip to the Bahamas, steam your body in a stereo sauna” …sugiro que facas o mesmo mas se calhar nao precisas de nada disso. Espero que estejas bem minha querida, tenho saudades tuas e da tua "5a". Feliz Ano de 2007.

Friday, January 05, 2007

Filmes

Lembro-me da ultima vez que um filme me deixou de rastos…muda, colada a cadeira, a violencia a secar-me as lagrimas a nascenca e o coracao feito num no. Foi no “breaking the waves” do Lars Von Trier. Nunca mais consegui ver filme nenhum com a Emily Watson. E uma parvoice, eu sei.