Thursday, January 11, 2007

Em piloto automatico.

Palavra que as vezes nao faco ideia como chego a casa. Num momento estou a entrar para o carro no parque de estacionamento da empresa, carregada com papeis (ando sempre com papeis e dossiers para tras e para a frente – a minha mae e igualzinha), carteira, casaco, maca meio-roida numa mao, chaves na outra, e no “segundo” seguinte estou a virar para a minha rua, mao direita as apalpadelas, a procurar o comando da porta da garagem. A porta abre, a cadela sai disparada, travo para nao a atropelar, aninho o foscas no seu espacito estreito e respiro fundo, aliviada e a pensar “what the f*** just happened?”. Mais um dia em que a parte do meu sistema nervoso que “controla” os comportamentos normais, banais, de piloto-automatico, nao me deixa ficar mal. Durante os 15-20 minutos do casa-trabalho vagueio por rostos, e-mails, conversas, trabalho, dou-me conselhos, faco promessas, emociono-me ou “danco” ao som das musicas que o leitor de CDs vai debitando, examino os meus vizinhos nos semaforos, dou uma olhadela no espelho, componho o ar e normalmente dou sempre por falta de qualquer coisa (brincos, baton, olhos sem olheiras). Deve acontecer o mesmo a toda a gente. O S. diz que resolve sempre problemas importantes na autoestrada…mas ele e um gajo muito serio que nao perde tempo a pensar em mariquices.

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