Sunday, January 07, 2007

It's about life - 3

Vim do café sem saber se me percebo ou se tudo isto nao passou de um exercicio de "comparar apontamentos, tirar bocados de conclusoes, formular o medicamento e acabar a fantasiar que eu-sei-que-nao-e-assim-que-funciona-mas-as-vezes-apetecia-me-mesmo-que-one-size-would-really-really-fit-all". Se o que se vai dizendo faz sentido ou nao passa de um discurso regurgitado que ja teve uma versao diferente. Mas os meus “5 cents” sairam como eu queria, sem grande espalhafato, um que de distancia saudavel; o melhor mesmo foi a boa dose de realismo que recebeu aplausos. “When you know that there’s no other way, that’s the way”. Humm, nao serve para mim mas talvez funcione para outros... mas o que faz mais sentido e aceitarmos as situacoes em que, “there’s only one way… and then you free yourself, if only for that moment”. Nao por falta de opcoes, mas porque tem de ser, porque so assim somos felizes. Porque ha alturas em que se manda tudo para o caracas e se redescobre que viver on-the-other-side-of-averageness tem os seus encantos.

Daqui a vinte anos, com sorte, olhamos para tras e dizemos, wow, imagina so a borrada que nao teria sido se eu tivesse ido por ali. Isto e o "Best case scenario". O que me lixa mesmo e que por muito que de voltas ao texto, nao preparo nunca o "worst case scenario". Muitos dirao, aproveita que es sortuda. O pior e que penso assim mas nao me posso dar ao luxo de viver realmente assim. Porque ha, na antecipacao dos cenarios maus um pedacinho de controlo que me agrada muito.

***

Mudando de assunto, estas coisas dos blogs tem o seu encanto – este meu, que de alinhado tem pouco, serve-me assim como uma especie de cabide onde penduro o casaco quando chego do trabalho. Um simples cabide da Ikea (desenhado por escandinavos louros que usam oculos sofisticados) sem arestas, com uma curva suave, nada agressiva, onde a tirinha-que-fica-junto-a-etiqueta dos casacos estilo business-as-usual entra mesmo a justa. Tenho outros casacos sem tirinha…esses ficavam esquecidos na day bed, e sentiam-se bem assim. Esses sao os meus preferidos. Ao ler-me reparo que esses “coios” que me aquecem, macios, de la e cachemira, os que so uso em casa e que vao comigo para a cama, para lermos livros juntos, comecam a vir dependurar-se no cabide. Nao estava no programa mas tambem nao vale a pena resistir…como diria alguem que nunca me desenhou o contorno dos olhos com as pontas dos dedos, “tudo pulsa a um ritmo próprio” e eu, ate ver, sinto-me bem neste ritmo mais suave, que vem mais de dentro.

E ja agora, feliz aniversario.

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