"Oh can't you see, you belong to me"
      Hoje, ao ouvir pela enesima vez a voz maravilhosa da Rosa Passos a cantar aquelas coisas tristes e bonitas como so ela consegue, googlei “Sentado a beira do caminho” e quase cai da cadeira.  Roberto Carlos!!!!  Roberto Carlos????  Aquele que cantava o “Cama e Mesa”, a cancaozinha muito X-rated, e que a minha amiga Dani sabia de cor (e cantava tambem, pronuncia brasileira e tudo) “Eu quero ser sua canção, eu quero ser seu tom/ Me esfregar na sua boca, ser o seu batom/ O sabonete que te alisa embaixo do chuveiro/ A toalha que desliza no seu corpo inteiro”.  Enfim, a musica e dele mesmo, estou chocada, o meu mundo virou-se de pernas para o ar, faltou-me a rede, should I stay or should I go, urrgghh.  Pois, nao e caso para tanto, nestas coisas das versoes corre-se sempre o risco de sofrer decepcoes ou, num spin mais positivo, surpresas.  E engracado como sentimos ou lemos emocoes diferentes quando ouvimos uma cancao.  O Michael Stipe dos REM dizia a Terry Gross que escreveu o “Losing my religion” inspirado no “Everybreath you take” dos Police, e na mistura de lovely/loving/creepy/obsessive/intensive –ness que a caracteriza.  Creepiness? Obsessiveness? Nunca me ocorreu, sentia-a apenas e so como uma declaracao de amor.  Mas ouvindo com mais atencao, claro que biased pelas palavras do Michael, sim, parece-me talvez obsessiva, a letra.  Mas triste.  Desesperada.  E declaracoes de amor desesperadas sao sempre pateticas, desajustadas e, por isso mesmo, escusadas.
    
    

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